terça-feira, 28 de junho de 2011

0

A experiência pioneira da Poli

Para obter autonomia financeira e não ficar na dependência de repasses de agências de fomento à pesquisa e das oscilações da arrecadação do ICMS, que é de onde saem os recursos orçamentários da Universidade de São Paulo (USP), a Escola Politécnica (Poli) decidiu adotar o mesmo modelo de financiamento das principais instituições de ensino superior dos Estados Unidos, Inglaterra e Canadá, criando um fundo de investimento com base em doações de ex-alunos e de empresas. O fundo não substituirá os repasses do governo estadual para a USP, mas será decisivo para os investimentos na melhoria da qualidade do ensino da instituição, que hoje gasta em folha de pagamento 85% dos R$ 2,9 bilhões que recebe do Estado.

A administração dos recursos do fundo da Poli – dos quais 40% serão aplicados em renda fixa e 60% em renda variável – ficará a cargo de quatro gestoras independentes. Os dividendos serão aplicados em pesquisas que possam aproximar a USP do setor produtivo. Para evitar a interferência de empresas nas atividades acadêmicas, os projetos financiados pelos dividendos do fundo serão selecionados por um conselho a ser montado nos moldes da coordenadoria científica de agências de fomento, como a Fapesp e o CNPq.

A proposta de criação do fundo partiu dos alunos, que contrataram uma empresa especializada para assessorá-los, tomaram todas as providências jurídicas e fizeram uma doação inicial de R$ 100 mil, e foi endossada pela direção da Escola Politécnica. “Esperamos que o fundo desenvolva uma cultura de doação que ainda não existe no Brasil”, diz a presidente do Grêmio da Poli, Danielle Gazarini. Desde que o fundo foi constituído, há cerca de dois meses, as Faculdades de Medicina e de Odontologia da USP e uma associação de ex-alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro já procuraram estudantes e professores da Poli para discutir a criação de fundos semelhantes.

Considerada a melhor do mundo, a Universidade Harvard tem um orçamento anual de cerca de US$ 6 bilhões dos quais só 20% vêm do governo americano. O restante vem dos dividendos de um fundo de investimentos constituído por recursos obtidos pela prestação de serviços à iniciativa privada – basicamente pesquisas e consultoria – e por doações de exalunos. Em dezembro de 2010, os ativos desse fundo totalizavam US$ 27,5 bilhões, em valor de mercado. Quase metade dos orçamentos das grandes universidades americanas, como Yale, Princeton, Stanford, Columbia e MIT, vem de fundos.

A meta do Grêmio da Poli e da Escola Politécnica é chegar em dezembro com um total de R$ 25 milhões em doações e a estimativa é atingir R$ 800 milhões, dentro de dez anos. Com a ajuda do fundo, a Poli pretende duplicar seu orçamento anual, que hoje é de R$ 20 milhões. O primeiro projeto a ser custeado pelos dividendos proporcionados pelo fundo é um curso na área de proteção ambiental – a um custo de US$ 200 mil – que será ministrado pela instituição em parceria com a Universidade Harvard. “O plano é fazer do curso a principal bandeira do fundo. Nossa estratégia é investir primeiro em projetos de impacto mais imediato na vida dos alunos. O objetivo é ganhar visibilidade”, diz o advogado Felipe Sotto-Maior, da Endowments do Brasil – empresa que estruturou o fundo da Poli.

Estudantes e professores da Escola Politécnica estão animados. Mas, para que essa importante experiência possa ser estendida a outras universidades brasileiras, será necessário superar dois obstáculos. O primeiro é de caráter jurídico, uma vez que o Brasil ainda carece de uma legislação específica para esse tipo de iniciativa. O segundo obstáculo é de natureza política. Por razões corporativas e preconceito ideológico, sempre houve nas universidades públicas uma forte oposição a parcerias com a iniciativa privada. A alegação, obviamente infundada, é de que as doações de empresas e a constituição dos endowments comprometem a autonomia das instituições de ensino superior, em matéria de orientação pedagógica e doutrinária.

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo, 26 de Junho de 2011, A3.


Comentário do Movimento Recriar o CREA-SP:

Aplaudimos a iniciativa dos dirigentes do Grêmio Politécnico. Da mesma forma louvamos o endosso dado pelos dirigentes da Escola Politécnica, ao encampar a iniciativa em parceria de professores e alunos. Essa parceria é tradicional na Escola Politécnica, que no passado instituiu o Fundo de Assistência “Banco Politécnico”, cujo “funding” era arrecadado junto aos ex-alunos para oferecer bolsas de estudos aos alunos necessitados, os quais tinham o mérito de ter conseguido passar no vestibular da Poli, porém não tinham como se manter financeiramente para concluir o curso. Nas duas situações, o “Banco Politécnico”e o Endowment, são parceria de alunos e professores contando com a participação de ex-alunos e empresas.

A iniciativa já atinge outras instituições de ensino superior, e é baseada em experiência bem sucedida em outros países. O Movimento Recriar o CREA-SP apoia a iniciativa e já se ombreou manifestamente com os dirigentes do Grêmio Politécnico e com o diretor da Escola Politécnica para implantar o projeto Endowment para o que empenhará todo o potencial do Movimento, principalmente para desenvolver a cultura de doações e retribuição à Escola Politécnica.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

3

Comida para o mundo

Mercado global dará bons ganhos ao Brasil, se a produtividade continuar crescente

O Brasil terá muito a ganhar como grande exportador de alimentos, nas próximas décadas, se a evolução do mercado internacional confirmar as projeções da Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – e o governo brasileiro limitar a influência dos ini migos do agronegócio. Os preços agrícolas continuarão elevados e em 2020 serão provavelmente mais altos do que em 2010, em termos nominais e reais, segundo aqueles estudos, preparados para subsidiar discussões e decisões políticas do Grupo dos 20 (G-20), formado pelas maiores economias avançadas e emergentes.

A forte instabilidade dos preços agrícolas agravou a fome nos países mais pobres, nos últimos anos, e a partir de 2010 afetou o custo de vida também no mundo rico. O Banco Mundial e o FMI vinham desde antes da crise financeira ajudando países de áreas menos desenvolvidas a socorrer as populações mais afetadas pelo encarecimento da comida. O G-20 encampou esse objetivo. Agora, sob a presidência francesa, sua agenda inclui discussões de políticas para conter a volatilidade de preços e a especulação financeira nos mercados de produtos agrícolas.

Segundo o estudo da FAO e da OCDE, os preços das carnes poderão subir 50% até o fim da década. As cotações dos grãos poderão aumentar até 20%. Projeções desse tipo são sujeitas a grandes erros, mas os técnicos envolvidos no trabalho usaram enorme volume de informações sobre produção, demanda e preços nas últimas décadas para formular estimativas de longo prazo. Um relatório divulgado no começo de junho pela FAO contém estimativas para mais de quatro décadas: por volta de 2050 a população mundial terá chegado a 9 bilhões de pessoas e a demanda de alimentos terá crescido entre 70% e 100%.

O aumento da procura será determinado – como tem sido nas últimas décadas – pelo crescimento populacional, pela urbanização e pelo aumento da renda familiar em economias em desenvolvimento.

A grande alta de preços em 2007-2008 e depois em 2010 foi impulsionada por vários fatores. A demanda crescente pressiona os mercados. Além disso, houve secas em alguns importantes países produtores e inundações em outros. O mercado financeiro tornou-se perigoso, o dólar desvalorizou-se e tornou-se intensa a especulação no mercado de produtos básicos. Mesmo sem a repetição de alguns desses fatores, as cotações poderão ser fortemente empurradas para cima, nos próximos anos, se forem confirmadas as projeções globais de uma produtividade menor que a da última década.

A agenda do G-20 inclui a busca de políticas para atenuar o problema da fome. O número de famintos aumentou de 820 milhões em 2007 para mais de 1 bilhão em 2009 e recuou depois para cerca de 900 milhões.

A FAO propõe três linhas de ação para combater a volatilidade das cotações: maior transparência no mercado, com melhores informações sobre produção e estoques; formação de estoques de segurança; e regulação dos mercados futuros, para limitar as oscilações de preços. Como medidas de longo prazo, são sugeridos investimentos em pesquisas, programas de modernização agrícola das economias em desenvolvimento, atenção à infraestrutura e ao armazenamento e ações para limitar o conflito entre produção de energia e produção de alimentos.

Talvez nenhum país tenha mais condições do que o Brasil para atingir por conta própria vários desses objetivos. O aumento da produtividade tem permitido poupar recursos naturais, a começar pela terra. Biocombustíveis coexistem com safras crescentes de alimentos. A produção de carnes é altamente competitiva. Mas, para tirar o máximo proveito das novas oportunidades do mercado global, o País precisa ampliar o investimento em pesquisa, racionalizar a tributação, eliminar os gargalos da infraestrutura e garantir a segurança do produtor profissional.* Assim o Brasil não sofrerá maiores abalos, mesmo num cenário global menos favorável.

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo, 14 de Junho de 2011, A3.

* em negrito: grifo nosso.


Comentário do Movimento Recriar o CREA-SP:

O texto acima informa quanto a situação futura do Brasil depende do bom desempenho da Engenharia (Eng. Civil, Arquitetura, Eng. Agronômica, Eng. Industrial, Técnicos Industriais e Tecnólogos).

É muito grande a responsabilidade dos profissionais que hoje estão na ativa. É fundamental Recriar o CREA-SP, adaptando-o institucionalmente para aproveitar essa oportunidade que se abre cada vez mais para o Brasil tornar-se importante fornecedor de alimentos para outros países após satisfazer nosso povo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

0

Temos de repensar a estratégia de avançar sobre a Amazônia

Análise: Pedro Bara Neto e Claudio Maretti*

Há uma crença de que Deus fez poucos lugares como Belo Monte. Nesse caso, segundo nossos engenheiros, para uma represa. Se for verdade, tratamos muito mal essa herança divina. É verdade que o projeto já não é o mesmo de 20 anos atrás e juramos não fazer nenhuma outra represa Xingu acima. Mesmo assim, fomos apressados, descuidados, arrogantes, oportunistas, pouco transparentes e indiferentes. Fomos apressados para utilizar o lançamento de um grande projeto como instrumento político. Pela pressa, nos arriscamos em saltos de etapas críticas, tais como uma confiável investigação geológica ou o consentimento prévio das populações indígenas.

Fomos arrogantes em negar que o projeto tinha problemas, que não estava pronto para ser leiloado, que requisitos legais e compromissos internacionais estavam sendo feridos, que não podemos impor a modicidade tarifária compreços irreais, que não podemos criar consórcios na última hora, para depois deixar o País perplexo ante os que dela não quiseram participar como investidores!

Estamos sendo oportunistas em eleger as licenças ambientais como entrave para acelerar o crescimento da infraestrutura do País, a mesma aceleração que tanto colaborou para os deslizes de Belo Monte. Não estamos sendo transparentes ao lidar com as consequências desse processo no custo final do empreendimento, com os cuidados daqueles que devem assegurar os compromissos assumidos ou dos que têm acionistas ou controladores privados e vão ser cobrados pelo uso dos seus recursos. Não estamos sendo muito claros com o povo brasileiro, que corre o risco de pagar a conta das empresas públicas envolvidas nesse triste enredo. Finalmente, fomos indiferentes às expectativas das milhares de pessoas a serem impactadas, sonhadoras de uma melhor qualidade de vida pelas promessas até agora não cumpridas.

Mesmo que o projeto vá em frente, temos de repensar e a estratégia de avançar sobre os grandes rios da Amazônia. Primeiro, temos de investir mais em outras energias renováveis. Assim, vamos para um sistema mais diversificado e seguro e socialmente mais inteligente sem investir bilhões em um mega projeto distante do consumo e com reservatório relativamente pequeno, tão exposto aos ciclos hidrológicos e com secas cada vez mais próximas umas das outras.

* PEDRO BARA NETO É MESTRE EM ENGENHARIA E CLAUDIO MARETTI É DOUTOR EM GEOGRAFIA

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo, 02 de Junho de 2011, B5.


Comentário do Movimento Recriar o CREA-SP:

Profissionais da Engenharia:

1) Estão nossas entidades se envolvendo nas decisões desses enormes empreendimentos e avaliando os argumentos expressos no artigo acima?

2) Devem os engenheiros fazê-lo? Será que a ação de profissionais sós e isolados levará a resultados significativos? Senão, como habilitar as entidades a fazê-lo?

3) As argumentações dos profissionais do artigo acima merecem, no mínimo, ser consideradas para debate cujos resultados constituiriam fundamento para ação.

4) Avançar sobre a Amazônia é perdê-la. No passado perdemos o “Salto das Sete Quedas”, que cedeu lugar à Hidrelétrica de Itaipu. Jamais a teremos de volta. É o que pode acontecer com a Amazônia, o pulmão do mundo. Poderemos ser penalizados nas pessoas de nossos netos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

0

Os problemas de Belo Monte


Obra polêmica, principalmente pelos seus impactos socioambientais, que continua a provocar protestos das populações ribeirinhas e de indígenas, a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Estado do Pará, enfrenta agora problemas de engenharia financeira. Cinco construtoras já desistiram de participar do consórcio Norte Energia, liderado pela Chesf, subsidiária da Eletrobrás, vencedor do leilão realizado em abril de 2010. A razão é o custo do empreendimento, inicialmente estimado em R$ 19 bilhões, depois revisado para R$ 29 bilhões, e que agora se estima em R$ 35 bilhões. Tudo faz crer que a participação privada na obra será mínima, com um uso bem maior do que o previs- to de recursos públicos.

Segundo uma fonte citada por O Globo (26/5), “está todo mundo em pânico” com os números consolidados para investimento e já se fala em “novas benesses” do governo. O noticiário não identifica quais, mas tudo indica que seriam mais financiamentos a um custo bastante inferior aos de mercado. Pelo que foi noticiado na época do leilão, o BNDES deveria financiar 80% dos investimentos em Belo Monte, o que significaria R$ 15,2 bilhões. Sendo a obra orçada agora em US$ 35 bilhões, os financiamentos do banco corresponderiam a R$ 28 bilhões nos próximos cinco anos, prazo estimado da construção da nova usina. A questão é saber se haverá recursos para tanto.

A Chesf, porém, não parece preocupada com a saída de empresas do consórcio. “Nós, concessionários, preferimos não ter construtoras (pequenas) no grupo”, declarou José Ailton, integrante do conselho de administração da Norte Energia. Segundo José Ailton, há muita gente interessada no projeto. O fato é que, com a desistência das construtoras, fica aberto no consórcio um rombo de 7,25% de participação, sem contar os 9% que ficaram com a Vale do Rio Doce, que tomou o lugar da Bertin. Como a Vale, outros potenciais usuários da energia de Belo Monte poderiam também ingressar no grupo. Uma possibilidade sempre lembrada é aumentar a fatia dos fundos de previdência de empresas estatais, como Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, Petros (Petrobrás) e Funcef (Caixa Econômica Federal). Os fundos de pensão, mesmo de estatais, são instituições de direito privado, mas, como é sabido, o governo tem meios de “convencê-los” a participar de seus grandes projetos.

O essencial é que a construção de Belo Monte deixe de ser vista como uma bandeira política do governo, para que os obstáculos possam ser superados a partir de critérios empresariais. Apesar das críticas dos ambientalistas, são muitos hoje os empresários e técnicos independentes que defendem o uso do potencial hídrico da Amazônia para geração de energia, alegando que o País não dispõe de melhores alternativas a médio prazo.

Depois do desastre de Fukushima, a expansão das usinas nucleares será conduzida com cuidados redobrados. A alternativa seria recorrer a termoelétricas movidas a óleo combustível, ou diesel, ou, na melhor das hipóteses, a gás natural. Ou seja, a recursos não renováveis e poluentes. O aumento da potência de hidrelétricas já em funcionamento e a cogeração de energia pelas usinas de cana-de-açúcar são de grande utilidade, mas não serão suficientes. Já o uso mais intenso da energia solar e da energia eólica não é ainda economicamente viável em grande escala, podendo apenas suprir lacunas no fornecimento de eletricidade. Para poder crescer a taxas que satisfaçam suas necessidades, o País precisa adicionar anualmente 5,8 mil MW na capacidade de geração de eletricidade e terá de buscá-los, em grande parte, nos rios amazônicos.

Para isso, devem prosseguir as negociações com as populações atingidas, que têm direito a uma compensação pelos danos sofridos. Ao lado disso, há que evitar os erros cometidos no início da construção das Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. A Usina de Belo Monte também deve atrair milhares de trabalhadores para a região vizinha, o que pode ocasionar tumultos. Para evitá-los, cabe aos construtores, em parceria com o Estado, fazer investimentos adequados na área social.

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo, 31 de Maio de 2011, A3.


Comentário do Movimento Recriar o CREA-SP:

O tema abordado pelo Estadão em seu editoral de 31 de Maio de 2011, explicita a implicação profissional dos engenheiros na implantação de grandes empreendimentos em marcha no País, sobre os quais o “Movimento Recriar o CREA-SP” vem comentar.
1 – Os problemas relacionados com a engenharia financeira do empreendimento é o pior que poderia acontecer em investimento desse vulto, acrescido da elevada incerteza do montante (custo) do mesmo. Variação de custo de R$ 19 Justify Fullbi para R$ 35 bi (84%), antes de iniciarem-se as obras. O pior está por vir, quanto a variação de custo.
2 - A constituição do Consórcio, cujos integrantes, inicialmente 18, hoje (Estadão, 2 de Junho de 2011) limitados a 11, com a possibilidade de mais entradas e saídas gera nova incerteza. Acresça-se o fato de a empresa líder do consórcio, ser uma estatal com “expertise” em ser contratante, e que agora se apresenta como contratada.
Os comentários pretendem limitar-se em situar a questão do planejamento na decisão em implantar o empreendimento, do gerenciamento da implantação, onde o papel do engenheiro é inarredável no desempenho da Engenharia. Temos quadros técnicos habilitados para exercer esse papel? Se temos, eles tem sido acessados? Onde se situa a causa do “está todo mundo em pânico”? E o contribuinte, nas costas de quem cai o peso do insucesso na implantação do empreendimento? E o engenheiro, que não pode deixar de assumir suas responsabilidades no exercício de sua profissão?
Esse desarranjo caracterizado é incompatível com sucessos já conseguidos pela Engenharia em empreendimentos como Itaipu, Ilha Solteira, Tucuruí, as obras de Furnas e outras.
É preciso agir.